Recent Posts

sábado, 25 de abril de 2009


Um punhado mais generoso de uma ironia sádica
Apenas alguma outra distração durante sua Via Sacra
Tão distante de seu doce imaginário de uma vida sadia
Levanta-te, criança, para tua última despedida.

Um punhado mais generoso de uma alegria vazia
Em pequenas mordidas para evitar qualquer alergia
É a sua vida, crescida, pomposa, adormecida
Levanta-te, mãe, para tua última despedida

Um punhado mais generoso de teu pequeno paraíso
Uma dor, escondida, encontra aliado em teu sorriso
Apenas o inventário de uma vida hoje apodrecida
Levanta-te, pai, para tua última despedida.

Pouco a pouco, nada nunca consegue mudar teu universo
Nem mesmo as marcas molhadas que transbordam em versos
E mancham suas prosas todas entupidas de fantasias estúpidas
Escorrendo em vidas desprovidas de qualquer outra dúvida.

Em cachoeiras de alegria,
Chuvas de bondosos dias.
Pouco a pouco vem a calmaria.
O fim da falsa harmonia;
O fim de nossos dias.
Levanta-te, eu vazio, para tua última despedida.