Recent Posts

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Com açúcar e com afeto

Dizem que a Amazônia é o pulmão do mundo. O Rio de Janeiro, se fosse um órgão, seria o coração. Coração desse Brasil, terra de emoções; de velórios e comemorações. Terra de paixões. E a Bossa Nova seria o sangue pulsando rápido e quente, colorindo a palidez de um povo com a voz cansada, porém forte. Seria os hormônios borbulhando na pele queimada de um povo que trabalha de 9 às 9 e ainda encontra tempo pra cantar.
A Bossa é nova, usada e reciclada. Ela ainda engatinha, esse pequeno bebê de 50 anos, que renasce em cada voz, nova ou não, que a descobre e se apaixona. Ela é o poema cantado para encantar a menina com aquele balanço que vem do mar. É o poema cantado para encantar o coração desencantado, canta que é pra curar e se apaixonar. A Bossa Nova é um samba com uma pegada com uma pegada diferente, pegada essa tão jovem quanto a gente. Ela é bamba.
A Bossa é nova e é nossa, pois não precisa ser doutor pra não se perder nesse compasso que canta amores e desamores desse coração em que todo mundo pisa e se junta em uma só vez, de igual pra igual, pra celebrar a vida com muito açúcar e muito afeto.
O Rio continua batendo firme e forte, lindo, com a Bossa Nova na palma da mão.

Redação de escola né, gente?