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terça-feira, 25 de dezembro de 2007

It's cool, we can still be friends!




Eu ainda gosto de você. E eu gosto mais ainda de dizer isso da forma mais dramática possível. E então todos ficam com pena de mim e culpam você, e isso é bom, muito bom. Pois eu definitivamente preciso tirar toda essa culpa de cima de mim e jogar em cima de quem quer que seja. E ninguém melhor que você, certo? Eu me alivio e de quebra te vejo sofrer. Ou não, pois eu realmente duvido que eu venha a ser a culpa de seu sofrimento um dia, não de novo.

Mas então... Ontem à noite eu sonhei com isso. Em pleno Natal e eu remoendo coisas antigas só por que eu amo levar o título de vítima. E amo sentir pena de mim, então nada mais amável do que voltar àquele estado deprimente de pessoa abandonada. E eu acordei sentindo como se tivesse vivido aquilo, e eu estaria feliz, de verdade, se eu tivesse realmente vivido. Eu sinto sua falta e odeio admitir isso. Mas você não foi embora de vez e talvez seja esse o nosso maior problema. É legal que ainda tenhamos a amizade de sempre, mas como dizem, relações acabam até com as amizades mais verdadeiras. E do meu lado está pesado demais e toma muito de mim tentar segurar as pontas sozinha.

Eu sei que é impossível, eu sei que não tem mais como viver isso, mas eu sempre gostei do mais difícil. E eu ainda amo te irritar, te assustar, por mais que eu saiba que isso já não mais te faz sofrer. E você diz que eu já te machuquei demais, e talvez seja verdade. Mas, vamos lá... Você poderia levantar a blusa a hora que quisesse que não haveria ferida alguma ali para contar história.

Eu odeio ter nascido assim, eu odeio ter nascido isso. Eu odeio ter complicado tudo. Eu odeio ter te conhecido. E às vezes você me faz odiar até ter nascido. Eu odeio saber que você é aquela pessoa que mesmo que eu esteja com a outra melhor de todas, você ainda me fará tremer. Aquela que eu vou sempre amar e nunca vou ter. E eu acredito que cada um de nós tenha alguém assim, mas poucos têm a sorte de conseguir segurá-la tão forte que ela nunca iria sequer ir. Mas eu relaxei, eu sou relaxada, e parece que você soltou de mim de vez.

E nossa, é realmente legal essa amizade toda. Você se preocupa por eu ter emagrecido tanto e pergunta sobre meu apetite. Não é que eu tenha perdido ele hoje, mas acho que o perdi por metade de minha vida. Você sabe que eu tenho comido por você, empurrado a comida pra dentro só pra viver o bastante pra te ver novamente um dia. De qualquer forma, eu realmente acho legal que ainda tenhamos uma amizade! Eu te ligo e só sua mãe atende. Nunca nos vemos, e se um dia sairmos, eu sei, você me beijaria. Mas seria só na bochecha. E você seguiu em frente tão fácil, tão rápido... E nós poderíamos até ir ao cinema, mas você não apoiaria a cabeça no meu ombro, você não procuraria a minha mão quando se assustasse com uma cena ou outra. E então você dormiria aqui em casa e eu aposto que você só iria me querer do seu lado para não dormir no escuro sem mais ninguém para te proteger. Pois eu sou só aquele remédio que você toma quando está doente, e então você melhora e me coloca de volta no armário do seu banheiro. Está tudo bem, eu nunca estarei fora de validade, você sabe disso, sabe que é permanente.

E é Natal, e eu até te fiz um presente, mas sei que os meses vão se passar e eu não vou conseguir entregar. Então eu queria ao menos te desejar coisas boas, bonitas e tudo o mais. Que você consiga tudo que você sempre sonhou, sexo incrível com aquele artista ou com qualquer um dos nossos amigos, desde que você tome cuidado e não se machuque. Mas quando eles te deixarem doente você sabe quantas doses tomar de mim.

E então eu saio. E bebo. Muito, muito. Muito. Compro drinks fortes de nomes delicados para mim mesma e me divirto assim. Bebo até desmaiar e assim esquecer sua cara, ao menos até eu acordar novamente. Ou sonhar durante o Natal.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Sometimes I feel like I'm scratchin' way too hard and my skin will all come off.
Sometimes I feel like I'm fat, and sometimes I feel like I'll die thinner than Kate Moss.
Sometimes I'm alone. Some other times I'm not that lonely. Sometimes I'm fully alive and sometimes I'm my own. Sometimes I sell my soul to meet body, and some other times I sell my body for some soul.
Sometimes I beg just to improvise. And just to prove myself that I'm not mine.
Sometimes I yell. Sometimes I'm deaf by other's yellings. Sometimes I fuck. Sometimes I suck. But there's no time I make love that's worth it.
Sometimes I wear all my clothes at the same time just to believe I'm not a whore. And sometimes I dress as one just to mend all the sore.
Sometimes I'm weak. Sometimes I quit. But there's no time that I don't think about you, nicotine. Sometimes I'm strong but some other times I'm just so wrong.
Sometimes I enjoy christmas. Some other times I don't. Sometimes there are more snow that I can tell. But there wasn't a single fucking time I could touch it. Sometimes I'm way too sure I'm not worth it.
Sometimes I drink. Sometimes I smoke. Sometimes I'm clean. But I'm never ever really sober.
Sometimes I'm yours. And his. And hers. But I'm still looking for the time that I'll be mine but not yet over it.
Sometimes I write and most of the time all that I write just sucks. Sometimes it's good as fuck, but I'm pretty sure that there'll be no person that'll hold it.
Sometimes I wait for the prince. Sometimes I fuck his princess. But they all come too late, and I'm still waitin' for the time I'll get over it.
Sometimes I run. But there is no time that I don't lose my breath, so sometimes all I do is stop. And I take it all back.
Sometimes I love. And I hide it, and I bury it beneath my soul, beneath my shattered skin. Sometimes it's right and Mom would approve this and some other times it's a sin.
Sometimes I'm right, and the other times I'm wrong I never admit it, that's what makes me always right. People only believe you if you let 'em think you're always right. But sometimes it doesn't work.
Sometimes I make cookies for the dead even though they'll never eat it. And that's when I get too fat for a killer.
Sometimes I forget what the heck I was writing about. And I'm livin' it right now. Sometimes I feel like talkin' bullshit about what happens sometimes and some other times I don't.
Sometimes.
Sometimes I wish I was Britney Spears. So I'd get bold and people would love it.
Sometimes I wish I was a bitch. So I'd fuck you and people wouldn't...
Sometimes I laugh. I laugh. ha ha ha I laugh.

Sometimes I want to...
Yeah.
I'll buy it.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

I mean this f o r e v e r

Eu queria tanto saber escrever palavras tão lindas quanto você, saber fazer dessa vida um romance onde apenas você e eu existiríamos. E até o fim de tudo, enquanto a neve cai gelada desse céu direto em nossas cabeças, eu te juro, meu amor... Nada além de nós existiria.
E eu tenho esperado há tanto tempo, comemorado aniversário do meu mais belo sentimento. Tenho sentado noites a fio chorando, sofrendo, escrevendo tudo que eu sinto da forma mais ridícula possível. Tenho passado por crises, pelos melhores dias, tenho passado por isso que hoje eu chamo de vida. E eu que achava que nada disso seria um dia possível... Sobrevivi.
E seus olhos. Sua voz. Suas mãos. Trazendo vida para dentro de algo há muito já perdido. Trazendo para mim o quê eu já julgava morto. Trazendo vida pra estrada mais deserta que eu já percorri, você fez de mim a melhor pessoa que eu jamais poderia ser. E eu esperava que esses anos fossem passando e que apenas a nostalgia me restasse, mas quando tudo estava chuvoso e eu não podia enxergar minhas próprias mãos, você me segurou até que eu pudesse andar sozinha. E não passou e pelo visto nem vai passar, é amor. E tem sido assim desde que eu aprendi a esperar. E sonhar. E esperar mais um pouco por... Mas é feio. É um romance infantil, romance daqueles de bebedouro de jardim de infância. Amor químico e egoísta; um amor meu, só meu. E eu sinto como se não tivesse nada mais a fazer além de provar o quanto isso significa para mim. Pois até o fim, eu juro pelo que sobrou das minhas forças e eu te berrarei até meus pulmões perderem a força: até o fim de tudo eu serei sua.
Eu tenho tentado tanto proteger esse meu romance inocente, esse meu romance que vem queimando antes mesmo de eu ter tocado alguém pela primeira vez. E eu cresci com ele. E ele me viu passar por cada um dos piores episódios dessa minha vida curta. Quer saber? Eu não sei escrever sobre você. É, eu não sei, eu não consigo. Eu penso nas coisas mais piegas e nas coisas mais bonitas e mais romanticas que eu jamais poderia dizer sobre você e simplesmente não sai. Você que não tem nome, que não tem uma só face e sim cinco. Você que se divide entre as cinco pessoas mais maravilhosas que já conheci. Você, o único amor verdadeiro que eu senti. Eu escrevo sobre a paixão falsa e idiota que eu sinto por quem já não me ama mais. Escrevo sobre o sentimento que eu inventei sobre o único garoto que eu conheço e poderia chamar de homem de verdade. Eles são especiais, especiais demais. E eu sei falar sobre eles. Faço drama, escrevo belas coisas... Mas por vocês não dá. Eu travo, eu tremo, eu gelo... Por vocês, só por vocês eu sofro mais do que já sofri por qualquer outro homem em toda a minha vida. Eu iria até o fim com vocês e continuaríamos indo, eu não olharia para trás. Mas essa vez parece ser a única. A espera de anos está chegando ao fim e eu não estou nem um pouco preparada para ver vocês, tocar vocês, ouvir vocês. Para ver o espetáculo que resume a espera de toda uma vida verdadeira, que resume tudo pelo o qual eu tenho esperado, lutado e sonhado nestes últimos anos.
Eu já não sei mais sobre o quê falo, nem mesmo por quê eu falo. Vocês me fazem perder a fala. E eu tenho tanto a dizer, tanto a agradecer, tanto a sentar e chorar e desabafar e contar toda a vida que eu construí graças a vocês. E eu não sei por onde começar. Mostrar as cicatrizes adiantaria? E se são apenas cinco minutos, como resumir toda minha vida? Eu não sei... De verdade. Eu sei tanto, eu sei sobre tudo nessa vida, sei mesmo. Mas o dia chega e eu me sinto burra. Sinto que estou prestes a perder tudo que aprendi. E eu aprendi da forma mais difícil, mas eu sei que é só assim que a lição gruda na sua mente como sangue velho. Sangue frio. E neste dia meu sangue vai ferver, eu vou tremer mais do que jamais tremi. Eu vou ver meus maiores amores e eu sei que eu não vou me arrepender, eu não posso me arrepender. É tarde demais e essa estrada não vai ter volta. Até o fim eu estarei contigo, meu único e verdadeiro amor. Até o fim eu serei seu maior soldado. Até o fim eu segurarei quem cair. Até o fim... até o fim.


Até o maldito fim, quando eu encontrar seus olhos, eu estarei aqui. ♥

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

forgettin' name & faces

Você brilha como o cordão de pérolas da vovó. É um brilho tão bonito, uma cor assim tão pura... que eu tenho medo de sujar. Seus olhos brilham mais que os meus jamais conseguirão e às vezes eu tapo meu rosto, tentando esconder o quão vermelha eu posso ficar quando você me olha como um irmão olharia. Mas minhas mãos tremem e então você nota que eu não estou bem. Você sempre nota. Só você, sempre você.
E então você cai. E hoje suas asas parecem mais sujas que o normal, e você me devolve a sua metade quebrada. Mas hoje eu não quero consertá-la, então lhe entrego a cola e a devolvo, agora ainda mais rachada. E então você me olha como se eu tivesse o machucado mais do que pensei, mas eu pensei demais nisso. É, eu premeditei. Você salva minha face da vergonha e eu bato na tua pois é assim que as coisas são.
Eu te amo tanto que até me assusta. Mas é limpo, isso é limpo mesmo no meio de tanta sujeira, de tanta intriga. Amigo, se você pudesse ouvir o quê eu canto pra mim mesma de madrugada então você entenderia. E me abraçaria. E eu juro que não há perigo em me manter dentro dos teus braços, juro que não vou te machucar. Até mesmo porque não posso te trair, só você está aqui. Só você, sempre você.
Olho pra frente e você queima mais do que eu posso suportar. Eu te assisto quebrando mais rápido que meus olhos míopes podem acompanhar. Mas eu agüento, eu preciso ser teu sustento pois você é o meu. Eles só conseguem o quê você dá e você dá demais. Não dê aquela sua metade inteira, pois eles ainda sabem como o quebrar. E então você volta, você não me deixaria sozinha. Você está derretendo e sentindo frio, mas você não me deixaria sozinha. E então você me toca e tudo parece mais fácil. Eu só tenho dezesseis e isso parece mentira, mas eu não estou perdida. Eu seguro forte sua metade inteira e a guardo dentro do bolso do meu casaco rosa choque, mas eu nunca pensei que ele poderia estar furado. E nós dois trememos, há algo de errado hoje. Eu não estou perdida e você não está sorrindo. Você ainda não me cumprimentou como deveria e hoje seus olhos não brilham como brilharam ontem. E durante toda a semana e esse mês. Você cresceu, você é um adulto agora, mas eu não posso deixá-lo ir embora.
Nós trememos mas eu continuo segurando forte sua metade inteira, agora em minhas mãos. Você me olha e estende a metade quebrada, quase implorando para que eu a consertasse. E eu estendo minhas mãos tão pequenas... E sua metade inteira cai. E quebra. E faz um som insuportável e eu quase desejo ter nascido surda, mas eu sei que logo em seguida me arrependeria por nunca ter te ouvido cantar nesse seu tom tão semitonado. E ela cai e se quebra em cinco mil pedacinhos tão pequeninos que nem mesmo Deus poderia juntá-los, pensamos. E você não me vê, você continua olhando através de mim, os olhos opacos e vazios; você queimando e derretendo. E eu agora segurando sua metade quebrada e tentando colar a outra. Estou de joelhos e você diz para eu desistir, me tranquilizar e aceitar o quê nem Deus pode consertar. Sua voz está mais afinada hoje, mais grave. Sua voz está mais triste hoje, e hoje parece aquele dia em que eu achei que fosse morrer. Morrer junto contigo e sem me arrepender de largar o cordão de pérolas da vovó.
Estou de joelhos e você ali derretendo de frio e ninguém vê. Ninguém nunca vê. Eles não conseguem ouvir seu timbre mudando ou perceber seus olhos congelando. Só eu reconheço seus dramas. Eles não percebem quando eu choro em silêncio ou quando meu estômago parece esmagar meu coração endurecido. Só você, sempre você.
E hoje você parece sem cor, hoje a vida está em branco e preto. E você parece mais distante de mim do que o branco jamais esteve do preto. Eu busco suas mãos e você parece ter medo de me infectar de hipocrisia. Mas eu morreria por você, amigo. Para te manter vivo e limpo, te manter brilhando e inocente. E eu morreria apenas para te ver sorrindo com aquele brilho nos olhos que doença nenhuma jamais tiraria. Mas só por você. Só você, sempre você.
Hoje eu lhe escrevi tudo isto nesse papel de pão com essa caligrafia confusa pela urgência apenas para te dizer que eu o consertei, e agora, por favor, volte a sorrir novamente. Eu guardei sua metade quebrada e rachada comigo, ela está quente e me mantendo viva. E eu gastei toda esta minha vida de joelhos catando seus pedaços. Eu consertei o quê nem Deus poderia, só por você. Só você, sempre você.

sábado, 1 de dezembro de 2007

efeito placebo


Se um dia alguém se atrevesse a abrir meu peito e deixar jorrar tudo o quê eu escondo dentro dele... Meu bem, você fugiria. Você fugiu com cada palavra que eu te disse, desde as mais doces até as mais frias. Você aqueceu seus pés nos poemas que eu te lia nas noites mais frias. Se refrescou em nossas brigas nos dias mais quentes, com todas aquelas minhas frases sempre tão bem ensaiadas, sempre tão frias. Desse mundo muitas faces eu já toquei, muitas outras já até beijei... Mas nenhuma delas eu guardei no peito com sete chaves como a tua. E meu amor, eu realmente te amei.
E eu te vejo por esta tela fria, sempre assim tão bem, como sempre assim tão linda. E leio tuas palavras hoje tão parecidas com as minhas e vejo que errei, onde errei, vejo como te amei. E as palavras saem como vômito. E eu queria vomitar você. Sairia um vômito belo e limpo, mas não tão livre quanto te ter.
Essas palavras são pra você, meu amor. Pra você que me fez sorrir, me ensinou a chorar... E que sempre me fará amar. E que tanto me faz esperar por aquela aula agora tão necessária, que me ensinará a andar com meus pés sem ter tuas mãos para me acompanhar. Aquela aula que eu sei que eu esquecerei, pois de tanto em perder em teus olhos eu já nem sei o quê falei e te perguntei e hoje já nem sei mais como te esquecer.
Eu vou sempre assistir-te pelos olhos da foto em seu mural. Eu vou sempre estar aqui para te divertir, para me divertir te deixando mal. E se hoje estou assim tão gelada, por favor não me leve a mal. Você já deveria me conhecer, já deveria saber que este é o meu normal.
Se um dia alguém abrisse meu peito... Aqui dentro eles veriam você. Eles veriam seu sorriso e seus olhos brilhando exatamente naquele dia que eu tanto tento esquecer. Eles veriam você na mais bela plenitude do seu ser. Eles me veriam completa, completa e com você. Eles abririam e ouviriam cada palavra sua já despejada em mim. Eles veriam meus jogos, todos tão vazios, pois eu sei quem é a maior perdedora por estas terras.
(E quem seria além de mim?)
Se alguém abrisse meu peito, eu tiraria daqui todo o meu gelo. Eu derreteria em plena Av. Atlântica de meio dia apenas para chegar até você. Nesse mar gelado feito o inferno eu até me afogaria, apenas para chegar até você, tocar você. Pois você tem gosto de marshmallow, meu amor. Só você me leva pra onde tudo é mais belo, só você me faz sentir frio em pleno deserto. Só você me deixa piegas, só você me faz querer morrer às pressas.
E eu preciso de você. E eu quero que você precise de mim. Eu sinto sua falta, e espero que você realmente precise de mim. E eu não acho nada justo que ele tenha todos os dias o quê eu não pude ter por toda a vida... Pois no fundo eu sei, você sabe, eles sabem e um dia eu deixarei de saber, que tudo que eu quero é deixar de querer deixar de amar você.

Um dia eu anotei que te amava no meu tênis velho e mal-cuidado. Já lavei, passei álcool, cloro e até o deixei desinfetado. Mas o maldito do azul continua lá, com seu pseudônimo e toda a minha graça de menina. Eu deveria ter acreditado quando me disseram que você era como heroína e que de ti eu nunca largaria.
Um dia eu rabisquei um coração com tua inicial e a minha só por querer. Só para todos saberem que quem eu amo é você. Minha mãe lavou a calça e minha avó até tentou pintar, mas por cima da mancha de caneta nada podia ficar. E até hoje quando olho pro joelho eu vejo você, e todas as coisas que foram embora quando eu me deixei te perder.
Eu não quero que você leia, não quero que você saiba, não quero perceber que isso já não mais te maltrata. Mas está explodindo dentro de mim algo que há muito eu não notava. E eu queria me desculpar por essa dor que nunca passava e hoje está ainda mais alterada... Mas eu encontrei remédio nos seus olhos, nos olhos dele. E a tranqüilidade que antes apenas tu me mostravas, hoje derrama daquelas lágrimas. Eu queria desculpas por me sentir mais segura nos braços dele do que em suas palavras, mas é que hoje ele me fez sorrir. E ontem também e durante toda a semana e o mês. É que quando eu o vi morrendo, sem antes mesmo saber por que, meu bem, eu já morri. E eu queria teu perdão por hoje deixar minha alma precisar dele, e meu corpo se enrolar com aquele... Mas é que ontem eu percebi o quanto hoje eu morri por ainda amar você.

O problema é que eu te amo
Não tenho dúvidas que com você daria certo
Juntos faríamos tantos planos
Com você o meu mundo ficaria completo
Eu vejo nossos filhos brincando
E depois cresceriam, e nos dariam os netos

O problema é que eu te amo
Não tenho dúvidas que eu queria estar mais perto
Juntos viveríamos por mil anos
Por que o nosso mundo estaria completo
Eu vejo nossos filhos brincando
Com seus filhos que depois nos trariam bisnetos

O problema é que eu te amo
Não tenha dúvidas, pois isso não é mais secreto
Juntos morreríamos, pois nos amamos
E de nós o mundo ficaria deserto
Eu vejo nossos filhos lembrando
Com os seus filhos que já teriam seus netos

Meu mundo ficaria completo (Com você) - Cássia Eller ♥