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segunda-feira, 5 de maio de 2008

Eu quebro o salto e o tamanco voa.
Sabia que a vida não estava assim tão boa.
Luto e reluto. Escondo e corro à toa.
Aos sons da verdade minha carne treme e a voz destoa.

Dobro a esquina em duas e tenho um pássaro.
Você passa direto, sorrindo de meu destrato.
Notas perdidas num santo desamparo.
Eu nunca devia ter acreditado.

E ainda amo-te hoje; amanhã e depois.
No final de versos, encontro começos em nós dois.
Leve minha dor como roteiro de seu show.

Ela é tua para rasgar em duas e deixar no carro.
Respire; lamba a saliva que agora te escarro.
Que sempre será meu mais precioso fardo; fato; - Descaso.