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segunda-feira, 5 de maio de 2008


Caixas guardam segredos,
amores e desesperos.
Guardam presentes, esforços
sem valor em dinheiro.
Fiz-te uma caixa com
fotos e espelhos.
Dei-lhe amor, lhe soltei
segredos em desespero.

Garfos não machucam
ouvidos que não escutam.
Não entram em bocas
que tanto lhe abusam.
Não, não use-o, meu amor.
Deixe-o e me traga alguma nova dor.

Em tempos novos,
sonhos crescem feito uma flor
Que abre em fornos
todos sedentos de ardor.
A voz é sua
e tanto é a escolha.
O sonho ainda pulsa,
trarei-lhe uma folha.

Sua pele é macia
quando em contraste com a minha.
Uma pena saber que
realmente és o traste que eu conhecia.
Não há amor que custe
uma vida sem garantias.
Puxe o crediário,
estamos todos desacreditados.
E eu não quero uma dor
financiada nas Casas Bahia.

Caixas guardam pó,
pertences e rancor.
E quanto a minha...
Aonde a deixou?