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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Oops I did it again.

Resolvi investir no meu futuro. Aí eu cheguei à dúvida: não sei se faço intercâmbio ou se coloco silicone. No duro.
Juro mesmo, não faço idéia de o quê escolher entre os dois. Não sei o que vai me dar um futuro mais brilhante: um belo par de peitos para abrir todas as portas para mim sem que eu tenha de usar as mãos ou então seguir o que toda boa menina da minha idade faz – fazer o tal intercâmbio.
Sei não, viu? Afinal de contas, intercâmbio de cu é rola e eu vou provavelmente voltar uns 20kg mais gorda – e sem os tais peitos. E o que isso mudaria na minha vida? Eu aprenderia uma língua que eu já sei? Eu conheceria gringos escrotos e outros felizes (coisa que mais faço na vida)? Eu aprenderia a me virar sozinha (como sempre)? Continuo achando que os peitos são muito mais interessantes.

Não que eu seja uma menina fútil e tudo o mais, não mesmo! Mas eu não quero faculdade esse ano (uma vez ouvi que faculdade era para feias, tô quase concordando de verdade) e depois das minhas entrevistas de trabalho vergonhosas eu acho que já ta meio óbvia minha aptidão para não fazer nada vezes nada, então por que não colocar silicone, hein? Eu ia ficar com uma comissão de frente de respeito-peito-peito e podia arrumar um marido rico e... Ok, não.

E é por isso que eu fico de cara com a minha formação. Fui de mal a pior só no meu Segundo Grau e gente, não sei fazer nada além de falar mal de quem não é eu. Por isso que eu decidi fazer Jornalismo Esportivo e jogar com a vida dos outros nas colunas sociais. Mal posso esperar para construir um bocado de Paris Hilton e destruí-las quando eu encontrar algum casal com potencial a lá Lilo e Sam para me divertir, juro. Deve ser um pouco mais divertido do que destilar ódio e drama sobre o meu futuro incerto.

De qualquer forma, minha família tá num rebuliço que só. Minha mãe quer me mandar pastar num outro continente por um tempinho e quer que eu tenha tipo o futuro brilhante que toda mãe que se preze sonha para sua filha. E, para não decepcionar a mamãe (oooutra vez), eu decidi desde o começo das férias que mudaria a minha vida e provaria pro mundo o quê diabos eu estou fazendo aqui. Sendo que desde então eu só sentei a bunda na frente do PC e assisti as horas passarem, juro. Mentira, eu assumo. Fiquei um tantinho bêbada aqui e ali, briguei com uma pá de gente, miacabei de tanto assistir meus micos no mercado de trabalho, fotografei uma pá de idiotas, comecei ao menos umas vinte idéias diferentes de roteiros, livros ou bandas. E, claro, causei com a mulher da Mondo que me odeia em pleno backstage da Alanis simplesmente por que oi? Ela ta pensando que é quem? Só Zanessa pode me gongar, querida. Tu não! Repito, tu não. Ao menos não enquanto você não aprender a se vestir melhor do que aquela porra de embrulho de Natal que você tava usando semana passada, enfim. Já tá na hora de apagar prolixa das minhas qualidades.

E sobre destilar ódio, lembrei do hotel da canadense entediante. Fico tão surpresa com essas pessoas bizarras que conseguem me achar aleatoriamente nos momentos mais impróprios. Lá estava eu, no Intercontinental (eu deveria saber que passaria uma semana lá, me contorcendo, sem agüentar mais ver minha cara naqueles espelhos. Pff) brisando para sempre, esperando a hora passar logo e algo realmente acontecer para tirar minhas férias da merda, quando ele apareceu. Essa bicha escandalosa que se acha a dona da verdade. Adoro todo o tipo de pessoa, desde que ela não respire perto de mim tempo o suficiente para eu odiá-la. E meu Deus! Ele não respirava não, neguinho. Ele me sugava praquela sua máquina de arco-íris até me mastigar o bastante e eu sair esbanjando simpatia tal como ele. Way to go, queridinho. Way to go. Eu mal podia esperar para dar logo 18:30h e ele finalmente ir embora. Foram as 3 horas mais longas da minha vida, com exagero, é claro. Ao menos, dali saiu algo que prestasse - minha constatação de que sou pura intensidade, ou seja, que eu sou exatamente aquilo que mais odeio nas pessoas. Quando eu amo, amo muito, feito doida e às vezes dura tão pouquinho... E quando eu odeio, ahh sim, vou odiar até o fim dos tempos com toda a paixão que o meu corpo lânguido permitir. E é isso que tanto me enoja, seja em mim ou nos outros. Todas as vezes que eu mandei o mocinho calar a boca transbordavam de intensidade. E não é que ele gostou? É sempre assim. Quanto mais você pisa, mais o bicho gruda, não adianta. É que nem chiclete, sabes? Quanto mais pisa, mais gruda.

E ai ai, tô apaixonada de novo. E nem ligo que ela não vá corresponder meeeesmo. Mas dessa vez tá difícil, tô numa vibe arrebatadora, tipo novela das 21:45h. Tô a ponto de sair cantando “I’m a slaaaave 4 uuu” por aí e culpar tudo na Marguerita. Depois que aprendi isso, vi o quanto é lindo cagar na entrada e na saída e culpar tudo na bebida. Tal como Madonna, Blame it on Rio, dear.