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terça-feira, 7 de julho de 2009
Postado por
qseumabrastemp
Percorre os dedos pelas memórias
Calos se roçam contra as ondulações
Maciez e quentura ilusórias
Onde alimentas o poder da enganação
Socorre o ódio das mágoas
E afoga o amor no passado
Aquece o esquecimento
Prepara a estrutura e o cal
Transita entre as densas águas
Feito doce derretido, melado
Prepara com força o cimento
Aquece as lembranças e o caos
Coça, roça, espreme a virilha
Toma o curso num estalo
Foge, se esconde da vigília
De quem vive e sente como estátua
Então se levanta e começa a rodar
Cai e aprende a andar
É gente grande, outrem amante
Aprendeu a odiar
Então se rasga e aprende a dançar
Os versos queimados de outrem A
prendeu a perdoar
A mesma pele lisa e macia
O mesmo jogar de bacia
O mesmo fluído pulsa quente nas entranhas
Agora não mais vazias