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sexta-feira, 10 de julho de 2009

Alguém precisa me convencer
pois já está na hora de ver
quem eu realmente sou
e quem se esconde por trás desse ser.
Alguém poderia me oferecer
um pouco de pó no lugar desse arroz
E poemas escritos com lápis de olho
Em celebração à chegada dos dezoito.
Alguém poderia simplesmente vir
E ficar ao invés de sumir
Fincar algumas raízes na terra
Que admiro por trás dessa tela.
Pois entre fios e ligações
Há algum organismo que vive
Entre quedas e conexões
Há alguma doença que sobrevive
Como as feridas que eu pinto
Nesse escorpião maldito
Enquanto esfrego o benefício
Na cara de um velho amigo.
Alguém poderia lhe avisar
Do que restou do que ficou pra trás
Cobertas por seus novos artifícios
As lembranças de um perigo antigo
Que já perdeu forças e reações
Com as idas e vindas do indivíduo
Montando a sequência de suas razões
Na tentativa de um novo início.
Alguém precisa me acordar
Pois já está na hora de dormir
E tudo o quê fiz foi fingir
Saber calar o meu viver.