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segunda-feira, 14 de março de 2011

Minha vida tem dado voltas e voltas e umas outras reviravoltas ainda mais loucas. É mãe descobrindo o que já havia descoberto três vezes em sua vida, é amor acabando num fim sem fim, coisas que seriam eternas saindo pela tangente por que agora a santa resolveu virar vadia. Não sou obrigada, não posso com isso. Minha vontade é de enfiar uma granada no rabo de cada um e esperar que o Bruno Mars pegue-a por eles? Ou não? Não sei.

Mas já que um dos meus zilhares de signos - pois sou bem dessas que acreditam tanto em Zodíaco que sabem muito bem que suas luas e águas e linhas do destino são todas guiadas por mais de um signo. E sempre pelos mais filhos da puta, é claro. De qualquer forma, já que um dos meus signos diz que amo mudanças, resolvi que abraçaria todas e ainda causaria mais algumas. Larguei a faculdade de Jornalismo. Quis sumir do mundo, mas só consegui sumir do de alguns; quer dizer... Comecei teatro, me encontrei na vida. Dei um tapa na cara de quem eu juro que é o amor da minha vida só para depois de menos de uma semana eu encontrar a criatura bêbada e toda caída pelo chão da boate enquanto eu, que achei que experimentar um doce era a boa, tava era muito feliz e não vendo problema algum em coisa nenhuma e bem... nos pegamos.

Agora você vem e me pergunta: o que mudou? Sempre menti na faculdade e em todos os trabalhos à ela relacionados. Sempre fui uma grande atriz aqui em casa e pelas esquinas da vida também. Agora só vou me profissionalizar, não? Não mesmo. É mais difícil do que eu esperava e, novidade, eu sou uma merda. Resultado? Gamei mais ainda. É mesmo a paixão da minha vida. Peguei a Facha, a fancha e a porra toda e joguei tudo pro ar; era hora de ser feliz.

Mas mudar? O que mudou? A Facha continua a mesma coisa e a fancha quem sempre foi de verdade - uma versão mais aloprada de mim. Mas a grande graça nisso é que ela odeia esse "eu" e veja só, agora ela é ele e elevado ao cubo, no mínimo. Como isso me afeta? Em muitas, muitas partes. Estou lá querendo curtir minha viagem e minha boate e a porra da minha vida e o resultado? Tô caindo na dela de novo. Dia seguinte? Depois de me encontrar jogada no chão do meu quarto depois de ter pegado carona - ou um táxi, ainda não sei - e ter passado por uma padaria e não saber como acordei com dinheiro a mais, fui beber. Por que ressaca ou bad trip você cura assim: bebendo mais. Qualquer outro problema também. Pois então. Resolvi ligar para ela que agora era minha amiga de balada? Ligar e resolver e dizer que não, sua louca, sua lunática, não estou puta. Eu te conheço, não estou puta pois já esperava algo do tipo. Então oh... relaxa e goza, só não empata mais outras fodas da sua amiguinha. E olha ela, quem nunca gostou de beber, toda com voz de ressaca e falando que ia era beber mais por que queria que o planeta bem que se explodisse. Pois bem. Que se explodisse enquanto eu pegava o elevador e ia atrás de minha amada cervejinha de Domingo.

Conversa vai, conversa vem... quem liga? E bêbada? Ela. Fala várias coisas aleatórias, nega todas as merdas que falou na madrugada anterior e do nada me pergunta onde estou e o quê estou fazendo. Tensão. Também estava vindo para essas bandas. Tensão aumenta; todos corre. Ok, levantei pois resolvemos que íamos era beber em outro lugar. Tudo lindo, tudo numa nice. Bati um papo maroto com um engraxate que me chamou para o Cabaret do Alex e foi aí que eu pensei que mais bizarro não ficava - mentira. Vadia me liga dizendo que está perdida em Ipanema e pedindo ajuda. Mas hein? Em que parte do Livro da Vida está escrito que eu sou obrigada, hein? Quer dizer... me aponta que eu apago, sério.

Tudo bem, pior não fica mesmo. Fui para casa. Quem entra no MSN? Sim, sou repetitiva e por isso você adivinhou - ela. Continua insistindo de que não lembra de nada e quando fui tentar ajudar a sua memória a dar um refresh nas coisas mais leves, o quê ela fez? Lançou uma desculpa, umas farpinhas aqui e ali e depois ainda afirmou que era para fingir que nada havia acontecido pois agora que as brigas passaram poderiam sair para beber e nos divertir.

Caguei. Solenemente. Quase que enquanto andava e olha que tenho prisão de ventre. Mas como alegria de pobre, preta e gay dura pouco... ela me manda SMS na manhã seguinte, ainda como se nada, nunca, ever tivesse sequer cogitado a possibilidade de acontecer. Sou obrigada? Alguém me manda uma luz?

Não sei. Tudo que sei é que não dá para poetizar esse momento da minha vida. Mas tudo bem, alguma hora eu volto e tento ser mais profunda nisso tudo e fingir que aconteceu com outra pessoa por que é, gosto assim, viu? Quando não trepam e nem saem de cima. Sejamos todos iôiôs uns dos outros por que a vida foi feita para viver, certo?